O Cubal era em 1917 uma povoação comercial de 4.ª categoria, localizada em pleno planalto central. Em 1923 foram alterados os limites da Circunscrição de Seles, com a redução de postos administrativos pelo que o Posto do Cubal foi fundido com o Posto de Longo para formar um o Posto de Botera. Voltou a ser novamente sede de um Posto Administrativo em 1925 com a agregação do Posto da Hanha.
Mapa |
A economia girava à volta do comércio com os indígenas, cuja actividade agrícola muito diversificada baseava-se na produção de milho, feijão, rícino, amendoim e cera. A população europeia tinha para além da actividade comercial uma predisposição para o cultivo do sisal, uma das grandes fontes de riqueza da região para além da criação de gado bovino. Esta povoação a partir dos anos 60 do século passado teve um grande desenvolvimento sendo elevada à categoria de vila.
Fig. 1 - Carimbo ferroviário |
Uma maior visibilidade foi conseguida com a chegada do Caminho-de-Ferro de Benguela em Maio de 1908, depois de vencido o grande obstáculo na construção desta linha ferroviária. Ao km 54, na passagem para o planalto central, o desnível era tal que exigiu cremalheira num percurso na qual a linha, na distância de 2 kms passava da cota 97 no Lengue, para a cota 236 em S. Pedro.
Cubal também é o nome de uma estação ferroviária, instalada na povoação, ao km 194 do Caminho-de-Ferro de Benguela.
Fig. 2 - Portaria n.º 171 |
No que se refere ao serviço postal, o Cubal começou por servido pela estação postal móvel que acompanhava a frente de construção da linha ferroviária, e posteriormente com o prolongamento da sua construção numa segunda fase até ao Cuma, passou a ser servida pela ambulância ferroviária. A partir de 1913 também teve acesso ás vantagens oferecidas pelo “Regulamento para a condução de cartas, estação a estação, pelos condutores de comboios”. Nessa correspondência os selos eram obliterados com as marcas nominativas das estações ferroviárias. No Cubal conhecemos a marca ferroviária reproduzida na Fig. 1 aplicada sobre selos.
Pela Portaria Provincial n.º 171 de 10 de Outubro de 1922 foi criada uma estação postal de 3.ª classe (Fig. 2), desempenhando os serviços de correspondência ordinária, registada, venda de selos e outras fórmulas de franquia, de encomendas postais ordinárias do serviço provincial. Desde a sua criação e durante cerca de 20 anos a estação utilizou uma marca obliteradora de recurso. Foi-lhe atribuído o carimbo oval numérico “350” (Fig. 3). Este carimbo aparece batido a preto, azul e vermelho na correspondência expedida desta estação postal.
Bibliografia
· Boletim Oficial de Angola
· Dicionário Corográfico - Comercial de Angola – Antonito, 4.ª Edição – 1959
· Índice Histórico-Corográfico de Angola, Mário Milheiros, 1972
· Marcas Postais de Angola, Alexandre Guedes de Magalhães, 1986
· Angola, Portos e Transportes de Eduardo Gomes de Albuquerque e castro, 1970
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