O Contratorpedeiro Douro foi construído em 1913 no Arsenal da Marinha, em Lisboa, com a assistência de uma equipa de técnicos britânicos. Da classe deste contratorpedeiro foram construídos mais três: Guadiana em 1915, Vouga em 1920 e Tâmega em 1924.
Características técnicas
Comprimento: 73,15m
Boca: 7,16m
Calado : 4,20m
Propulsão: 3 turbinas com 17.000hp
3 veios
Velocidade: 27 nós
Tripulação: 73 marinheiros
Armamento: 1 peça de 100 mm
2 peças de 76mm
2 tubos lança-torpedos de 450mm
2 lançadores com 12 cargas de profundidade
20 minas
Contratorpedeiro Douro |
Como acção militar mais proeminente deste contratorpedeiro, é de realçar a sua participação na 1.ª Guerra Mundial, integrando a “Divisão Naval de Defesa e Instrução” sob o comando do Capitão-de-Fragata Leote de Rego, constituída inicialmente pelos cruzadores Vasco da Gama, navio chefe Almirante Reis e Adamastor, contratorpedeiros Guadiana (da classe Douro), torpedeiros n.º1 e n.º 2, submarino Espadarte e vapor Lidador.
Como interveniente no conflito a sua tripulação estava isenta de franquia ao abrigo da Portaria n.º 862 de 27.01.1917, conforme podemos constatar pela exemplar que a seguir reproduzimos na figura 1.
Figura 1 |
Sobrescrito impresso com o timbre do Contratorpedeiro “Douro”, ostentando o carimbo administrativo batido a violeta, remetido através do Serviço Postal do Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) em França * S.P.C. 9 (16.06.18) instalado no porto de desembarque em Brest, onde foi censurado pelo censor n.º 37 (carimbo batido a vermelho), para Lisboa, aqui novamente censurado pelo censor n.º 42 (carimbo batido a preto).
Modelo de isenção impressa e com carimbo. A Portaria n.º 862 de 27 de Janeiro de 1917, preconizava a entrega isentas de franquia, das correspondências ordinárias expedidas para o Continente e Ilhas, pelos militares e civis que constituíssem o Corpo Expedicionário Português, desde que as mesmas fossem marcadas com um carimbo especial com a legenda “Corpo Expedicionário Português – Quartel General”. Porém os serviços postais do C.E.P., contemporizaram e aceitaram que outros tipos de carimbo conferissem a isenção de franquia, e neste caso do Contratorpedeiro Douro o seu carimbo administrativo foi suficiente.
Bibliografia
· Isentos de franquia de Portugal * II – As correspondências militares * 2 – Serviço Postal Militar, Armando Bordalo Sanches, A Filatelia Portuguesa n.º 57 – Junho 1994
Contratorpedeiro Douro, ... deve haver um engano quanto ao número de tripulantes que penso insuficiente !!! 3 marinheiros ???
ResponderEliminarO número de tripulantes era de 73. Erro de digitação. Já se encontra corrigido
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